Há 60 anos: Rosa Parks se nega a ceder lugar a um homem branco
Rosa Parks é uma mulher negra que se tornou símbolo da luta antirracismo. Há 60 anos, em 1º de dezembro de 1955, a costureira americana se recusou a ceder seu lugar a um homem branco em Montgomery, no Estado de Alabama, nos Estados Unidos, onde regiam leis de segregação racial.EndFragment
A atitude de Parks motivou um boicote de ônibus da cidade e provocou protestos em diversos locais do país.
A atitude de Rosa Parks fez com que ela fosse presa. A costureira americana estava entre as 100 pessoas acusadas de violar as leis de segregação.
O ato pacífico de desobediência civil de Parks propagou-se após a sua prisão. O Conselho Político Feminino e movimentos civis organizaram um boicote aos ônibus urbanos, como medida de protesto contra a discriminação racial no país.
Além de ser presa, Parks pagou uma multa e foi acusada de violar a lei de segregação do Código do Estado de Montgomery. Edgard Nixon, presidente da sede local da NAACP (Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor) e seu amigo Cliford Durr pagaram a fiança para que ela deixasse a cadeia no dia seguinte.
Quatro dias depois do ocorrido, o boicote aos ônibus começou a se difundir. Alguns ativistas e líderes religiosos, como os reverendos Ralph Albernathy e Martin Luther King Junior tem papel importante no curso dos acontecimentos. Os mais de 40 mil usuários negros dos coletivos de Montgomery e arredores continuaram o protesto por 381 dias.
Em 1956, uma vitória. A Suprema Corte americana julgou inconstitucional a segregação racial em transportes públicos.
Na esteira do movimento, foram estabelecidas as Leis dos Direitos Civis, que trouxeram melhoria para a vida dos negros, mas a disparidade social por razões étnicas ainda é grande nos Estados Unidos.
Rosa Parks morreu em 2005, aos 92 anos em Detroit. Sua história está representada em leis, livros e até nome de ruas. (Fonte: www.uol.com.br)