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  • Nonato Brito

60 anos: Aldenir Guimarães fala da campanha de livros para o CE Nossa Senhora da Assunção


O Editor do Blog Nonato Brito entrevista o professor Aldenir Guimarães em sua residência, na Praça dos Sagrados Corações


Na campanha que o senhor está coordenando para arrecadar livros para o Centro Educacional Nossa Senhora da Assunção, que tipos de livros podem ser doados?


Aldenir Guimarães – Nonato, a princípio quero agradecer seu espírito colaborador de ajudar e fazer essa entrevista comigo. É uma maneira de somar conosco e com o propósito da campanha, que é a arrecadação de livros. No tocante à sua pergunta, afirmo que livros são sempre bem vindos. Livros de ficção, de história, poesia, de filosofia e ciências são livros que de alguma forma contemplam uma realidade que ajuda a todos nós ter uma concepção de mundo formada a partir da leitura.


Quem quiser fazer uma doação pode entregar o livro onde?


Aldenir Guimarães – A coordenação deliberou que o local de recebimento dos livros é na Farmácia São José, localizada na Praça Luís Domingues, nº 614, centro, aqui em Guimarães, local onde iremos selecionar e carimbar, identificando os respectivos doadores, para assim levarmos para a escola e entregarmos à direção.


Quando a campanha será encerrada?


Aldenir Guimarães – Nonato, a campanha encerra no dia15 de agosto, quando a escola completa 60 anos. Esta foi uma das maneiras que nós encontramos para celebrarmos essa data, presenteando a escola a partir dos ex-alunos com esses livros.


Há quanto tempo o senhor é professor da escola?


Aldenir Guimarães – Cheguei à escola em março de 1983, portanto há 34 anos. Eu acho que talvez eu seja hoje o professor mais antigo em exercício. Já era pra eu estar aposentado, mas por uma questão atípica minha junto ao Estado ainda continuo lá contribuindo com a educação na nossa terra.


Quando o senhor começou a lecionar o prédio da escola já era este da Avenida José Bruno de Barros?


Aldenir Guimarães – Não. Quando eu cheguei à escola ela funcionava no prédio em frente ao cemitério público da Rua Emílio Habibe, antigo CEC como chamávamos. Depois a escola funcionou na Vila Gen e agora estamos no centro de ensino médio.


O senhor foi também aluno da escola. Quais as diferenças da época em que o senhor foi aluno para os tempos de hoje?


Aldenir Guimarães – Nonato, tu hás de convir que o tempo não é estático e que a sociedade é dinâmica. Por conta disso, aquele momento de ontem não pode ser igual ao hoje. Sabe-se que hoje os alunos, a juventude, nós de modo geral, vamos dizer assim, contamos com as ferramentas digitais e de informações, por exemplo, os celulares, computadores, tablete etc. Essas ferramentas contribuem para o enriquecimento da pesquisa e da informação dos nossos alunos, mas ainda assim, muitos dos nossos alunos ficam “escravos”, principalmente do celular, o que atrapalha bastante no processo de aprendizagem. Esse conjunto de informações atrelado aos novos valores sociais e familiar fazem dos nossos alunos liberais e às vezes senhores dos seus narizes, ao ponto de confrontarem os professores. No meu tempo éramos mais conservadores e até temerosos de eventuais represálias de nossos pais e professores no processo formação e educação da gente enquanto estudante. Naquele tempo não havia essas ferramentas e o que tínhamos nesse sentido era alguns televisores distribuídos em locais pontuais, por conta disso, pelo menos no meu grupo de amigos e colegas de classe, nós nos limitávamos a manter a correspondência com pessoas pelo Brasil à fora e até mesmo ao exterior, através de cartas via correios e, também manter a prática da leitura como informação maior que fazíamos através da troca de livros da moda, o que nos forçava a ler e a passar para os demais amigos, afim de os manterem atualizados. Em Guimarães, essa tem sido a grande diferença.


O senhor pretende fazer a entrega dos livros arrecadados no dia do aniversário de 60 anos da escola?


Aldenir Guimarães – Correto, neste data faremos a entrega dos livros arrecadados à direção da escola. Presente este que irá formar um acervo que muito irá contribuir com todos nós. Um dia significativo, afinal de contas são sessenta anos que a escola vem formando pessoas.


Obrigado pela entrevista.


Aldenir Guimarães – Eu que agradeço. Especialmente a todos aqueles que de certa forma abraçaram essa campanha e estender esse agradecimento a todos os ex-alunos e alunos, ao corpo docente, aos colaboradores e mais especialmente ainda a comissão formada pela professora Duzinha, professora Ângela e professor Cláudia. Entendemos que ler é uma das milhares de forma de aumentar o aprendizado, além de potencializar a capacidade de interpretação de texto e de escrita. A leitura traz benefícios e melhora o desempenho escolar dos alunos, mais uma vez, muito obrigado Nonato.

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