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  • Nonato Brito

Morre Julinho de Pérola aos 75 anos no Rio de Janeiro


Julinho com a esposa Pérola

Faleceu no final da tarde de hoje (5) no Rio de Janeiro, o vimarense Júlio Fernando Araújo, Julinho, como era conhecido por parentes e amigos. Julinho saiu normalmente hoje para ir ao supermercado e no banheiro, sentiu-se mal, vindo a falecer em decorrência de infarto. Estava de viagem para o Maranhão, marcada para o dia 23 deste mês. Casado com a professora vimarense Pérola Schalcher com quem tem os filhos Rafael e Júlio, o casal residia há mais de 40 anos no Rio. Há dois anos, lançou em Guimarães, em solenidade realizada no auditório da Colônia de Pescadores, o seu livro "Carga Torta: histórias e causos vividos na Baixada Maranhense". O livro, dedicado ao seu irmão Raimundo Leite Araújo, falecido em 1997, traz valiosos dados do folclore e da cultura popular da Baixada Maranhense, destacando a cultura popular vimarense, os Pastores, o Tambor de Crioula, com "causos" e toadas de bumba boi, além de passagens de sua vida de menino do interior. No prefácio, o juiz Agenor Gomes afirma que "o livro de estreia de Júlio Fernando de Araújo Neto, fruto de intensa vivência e extensa pesquisa, vai se tornar, seguramente, objeto de consulta obrigatória para aqueles que desejam conhecer as tradições da cultura popular vimarense". Julinho fez, ainda, no ano de 2016, o lançamento do livro em São Luís e no Rio de Janeiro, continuando à venda na Livraria AMEI, localizada no Shopping São Luís, e com o professor Aldenir Guimarães, na Farmácia São José, em Guimarães. Economista, Julinho, filho de Lourival Péricles Magalhães de Araújo (Seu Louro) e Luzia Gomes Leite de Araújo (Dona Luzica) nasceu na Fazenda Monte Cristo (à época pertencente ao município de Guimarães, hoje, Cedral) no dia 26 de junho de 1942. Estudou na Escola Técnica Federal do Maranhão. Em 1968 formou-se em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Funcionário aposentado do Instituto Brasileiro do Café, costumava passar o carnaval em Guimarães com a sua família e amigos. O seu pai Lourival Péricles Magalhães de Araújo (Seu Louro) foi vereador em Guimarães por vários mandatos elegendo-se para a presidência da Câmara em 1956, chegando a assumir interinamente o cargo de prefeito municipal de Guimarães. Ao filho Julinho, o seu pai Lourival, que também era poeta, dedicou o seguinte poema:


MEU FILHO


Vejo-o sempre. Na retina tenho

Gravada a imagem deste ser querido

E nem lamento as horas de saudade

Que, na sua ausência eu hei sentido.


Vejo-o trabalhando e estudando

E, embora eu ande em tão diverso trilho

Levo comigo ao léu, por ande ando

O orgulho feliz de ter tal filho.


Mas, no silêncio, os olhos rasos d'água,

Punge minh'alma uma infinita mágoa

Vendo o contraste do nosso viver...


E a despeito desta vida escrava

Sou feliz por ele ser o que sonhava

Já que, o que eu sonhei, não pude ser!!!

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