Poço Grande e Barriquinha Do livro: POEMARÃES ou GUIMARÃES EM POESIA de Paulo Oliveira - Paulíver

Poço Grande e Barriquinha
Paulo Oliveira - Paulíver
Do livro POEMARÃES ou GUIMARÃES EM POESIA
Primeiro, o Poço Grande,
do tempo do escravagismo,
de vital necessidade
para a sede da cidade,
num percurso de atletismo.
MAis tarde, o da Barriquinha,
sito lá na parte Norte,
no recôndido de um brtejol,
ou no reinado dos anfíbios,
onde coacha bem forte
o professor cururu,
ponto em tudo um equilíbrio,
para transportar a água,
verdadeiro sofrimento,
no sol da segunda-feira
segunda a segunda-feira,
no vai e vem da ladeira,
no lombo de um jumento,
entre a chibata e carreira.
Na costa dos asininos,
trabalhavam molecotes,
Subuté, Duca, Arrebita,
Nanam, Sapo e Comandita,
competindo com o pote
da cabeça das mulheres,
alegres, ágeis, bonitas.
A Deputado Prazeres,
outrora Pedrfo Paganha,
é o trecho da ladeira
que coverge ao Poço Grande,
no qual residem, sem manha,
Duas Paus, Simico, Pimonha,
Veríssimo e Zé das Graças,
estando a mesma calçada
para atender velho sonho
de quem pedia a junção
deesta com a Santo Antônio,
para vê-la urbanizada.
E o progresso veio
com dona CAEMA,
resolvendo em cheio
água e problema.
Festival feliza,
esse de torneira,
como um chafariz,
celeste goteira
graças ao empenho
de Paulo Nogueira
um prefeito emérito
pela vida inteira.