top of page

CRÔNICA DE UM TAMBOR QUE FALA

  • Foto do escritor: Blog Vimarense
    Blog Vimarense
  • 14 de jun.
  • 1 min de leitura
Há sons que não se calam. Ecoam do couro esticado da zabumba, atravessam a madrugada e acordam memórias adormecidas. É o bumba meu boi, dança sagrada do Maranhão, onde cada batida é um chamado ancestral, onde cada toada conta um pedaço da nossa história.

Na Praça Antônio Lobo, os passos firmes dos brincantes riscaram o chão, como se desenhassem o próprio destino. Velhos, moços e crianças, todos se misturaram na ciranda das cores e dos sons, porque ali — no meio da batucada — ninguém tem idade, só pertencimento.

O cheiro de suor, a poeira que sobe, o canto forte de Valmir… tudo se fez reza e festa, lágrima e riso, lembrança e resistência. E quem viu, não esquece. Porque Guimarães não canta para o passado. Guimarães canta para nunca deixar o passado morrer.


 
 
 

Comentários


Destaque
Tags
bottom of page