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EM GUIMARÃES É ASSIM...

  • Foto do escritor: Blog Vimarense
    Blog Vimarense
  • 29 de jun.
  • 3 min de leitura

Atualizado: há 7 dias

 Alice Gomes Nogueira foi uma vimarense apaixonada pela sua terra. Nascida em Guimarães, destacou-se como uma grande líder cultural e religiosa. Organizava saraus, peças de teatro e eventos culturais, além de escrever crônicas. Teve papel fundamental na organização das festas da igreja. Foi secretária municipal de Administração de Agenor Oswaldo Gomes Filho. Em 1975, coordenou a celebração dos 150 anos de nascimento de Maria Firmina dos Reis. Foi casada com Paulo Nogueira, que exerceu o cargo de prefeito de Guimarães. Ela também marcou a história política do município, tornando-se a primeira vereadora eleita de Guimarães (1952). A partir de 1980, passou a residir em São Luís, onde permaneceu até seu falecimento, em dezembro de 2001. Deixou um legado de amor à cultura, à fé e ao serviço público. Mais em:   .www.vimarense.com.br/single-post/c-e-r-t-a
Alice Gomes Nogueira foi uma vimarense apaixonada pela sua terra. Nascida em Guimarães, destacou-se como uma grande líder cultural e religiosa. Organizava saraus, peças de teatro e eventos culturais, além de escrever crônicas. Teve papel fundamental na organização das festas da igreja. Foi secretária municipal de Administração de Agenor Oswaldo Gomes Filho. Em 1975, coordenou a celebração dos 150 anos de nascimento de Maria Firmina dos Reis. Foi casada com Paulo Nogueira, que exerceu o cargo de prefeito de Guimarães. Ela também marcou a história política do município, tornando-se a primeira vereadora eleita de Guimarães (1952). A partir de 1980, passou a residir em São Luís, onde permaneceu até seu falecimento, em dezembro de 2001. Deixou um legado de amor à cultura, à fé e ao serviço público. Mais em: .www.vimarense.com.br/single-post/c-e-r-t-a

Crônica escrita por Alice Nogueira para o Jornal Folha de Guimarães, em 1981


Vai-se escoando o mês de junho, tão alegre no colorido de suas festas e no cantar das toadas da época, bonitas e mescladas de uma tristeza que sentimos, não sabemos por quê.

Termina o mês, mas estas alegrias se prolongam ainda por muitos dias, tal a espontaneidade com que o povo brinca, aqui em São Luís e outros lugares.

Junho é rico de lembranças em Guimarães.

As festas de Santo Antônio vivem na alma de muita gente, desde o largo da igreja, enfeitado com plantas e luzes (já vai o tempo, hein, seu Ozias?) até as novenas na casa de Nhazinha Moreira, tão animadas e que ela oferecia de promessa, cada noite café com bolo para turma.

Aquele boi do Casino, como foi bonito!

"Mandei fazer uma gaiola de ouro/pra prender, pra ninguém ver...." Nhonhozinho cantava na frente. Acabou sendo delegado!

Os concursos promovidos pelo "Urbano Santos" para eleger a rainha caipira, ainda hoje alegra a praça, cheia de gente em frente ao colégio.

Quem, de Guimarães, não vê nessas noites o clarão das fogueiras nas portas das ruas e não escuta de novo o batuque ritmado dos cantores do bumba meu boi, pela noite adentro, e às vezes, até amanhecer? Parece que incomoda, mas não. Fica, fica, batendo longe, batendo sempre...

Deixo para cada um, que lê as paginas deste jornal, as suas recordações. Quero que sejam repartidas algumas das que trago comigo.

Ainda me vejo "mandando" nossas quadrilhas, por quatro anos seguidos, quando um grupo animado de amigos fazia a alegria do Grêmio, nas noites de São João.

Que trabalho tinha Didi para organizar as barracas com outras companheiras!

Os casamentos eram quase sempre escritos por Lourival Araújo e por Bigodinho.

Janilson, lembras-te que foste um padre respeitavel?

Júlia, Berenice, vocês ficaram umas noivas bonitas!

E que noivos! - "eu sei que eu mereço..." quem disse isto , Agenor?

Haveria mãe mas autêntica que Donana?

Paulo precisava ir primeiro ao bar de Antônio Alfredo para tomar coragem de dançar a quadrilha e tinha que ser chamado pelo alto falante que dona Ivete, seu par, estava esperando.

Compadre Olavo não dava trabalho: ficava tão elegante naquele colete preto e camisa de quadro, sempre cuidando para que tudo saísse bem.

- O cavalheiro cumprimenta a dama!

Aldira e Alberto, Iolete e Reginaldo parece que não se cansavam .

Pedro Marujo, com aquele cofinho que trazia no ombro, era um verdadeiro caipira.

- Passeio de namorados!

Onde estarão muito deles? ...

Temos todos no pensamento trazidos pela saudade do convívio daquele tempo.

E o batuque ritmado dos cantores de bumba-boi continua longe, batendo sempre ...

 
 
 

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