GUIMARÃES CELEBRA OS 200 ANOS DE NASCIMENTO DE MARIA FIRMINA DOS REIS COM SESSÃO SOLENE
- Blog Vimarense
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No sábado, 11 de outubro, o município de Guimarães viveu um momento histórico e de profunda emoção: a celebração dos 200 anos de nascimento de Maria Firmina dos Reis, a primeira romancista brasileira, mulher negra e filha de mãe escravizada. A solenidade, realizada no Auditório Professora Antonina Silva, foi promovida pela Academia Vimaranense de Letras, Artes e Ciências em parceria com o Instituto Histórico e Geográfico de Guimarães, com o apoio da Prefeitura Municipal.
A sessão solene reuniu autoridades, membros da Academia Vimaranense de Letras, Artes e ciências e do Instituto Histórico e Geográfico de Guimarães, artistas, professores, estudantes e membros da comunidade, todos movidos pelo desejo de honrar a memória da maranhense que abriu caminhos na literatura nacional. Estiveram presentes os confrades e confreiras das instituições promotoras, o prefeito municipal Magno Cartagenes e sua esposa, a pesquisadora mineira Shirley Ferreira e seu esposo, a professora Reges, a atriz Júlia Martins, Anita Machado, diretora do Instituto Da Cor ao Caso, além de convidados.
Durante a cerimônia, foi entregue pelo Prefeito municipal a Medalha Maria Firmina dos Reis, além das lembranças e reflexões se misturaram em homenagens à autora de Úrsula, romance publicado em 1859 que desafiou as convenções de sua época ao tratar com sensibilidade e coragem temas como a escravidão e a condição da mulher. Embora tenha sido redescoberta apenas na década de 1970, graças ao trabalho do escritor Nascimento Moraes Filho, em Guimarães Maria Firmina nunca foi esquecida. Por gerações, foi conhecida carinhosamente como a “Mestra Régia”, tendo seu nome eternizado em escola, rua e na memória afetiva da cidade.
O evento destacou o papel pioneiro e inspirador de Maria Firmina dos Reis, símbolo da resistência e da inteligência feminina negra no Brasil. Suas ideias, sua escrita e seu legado continuam a inspirar novas gerações de artistas, educadores e pensadores que, como ela, acreditam no poder transformador da palavra.
A noite terminou em clima de celebração e reconhecimento, reafirmando o compromisso de Guimarães em manter viva a chama da ilustre — uma mulher que, há dois séculos, ousou escrever a própria liberdade.
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