top of page

PONTO TURISTICO DE GUIMARÃES: BAÍA DE CUMÃ

  • Foto do escritor: Blog Vimarense
    Blog Vimarense
  • há 46 minutos
  • 2 min de leitura

Baía de Cumã
Baía de Cumã


Por do sol visto da Baia de Cumã
Por do sol visto da Baia de Cumã

Localizada no litoral ocidental do Maranhão, a Baía de Cumã é um dos recantos mais ricos em história, cultura e biodiversidade do estado. Situada entre os municípios de Guimarães e Alcântara, a baía carrega consigo séculos de tradições e relatos que atravessaram gerações, tornando-se parte essencial do imaginário popular maranhense.

Desde os tempos coloniais, a Baía de Cumã serviu como ponto estratégico para navegadores e mercadores portugueses. A região, abrigada entre manguezais e pequenas enseadas, oferecia condições ideais para o ancoramento de embarcações que cruzavam o litoral brasileiro. Fontes orais e registros históricos apontam que, durante o ciclo da cana de açúcar e do algodão no Maranhão, Cumã foi palco de intensas trocas comerciais, servindo de passagem para mercadorias e escravizados.

Restos de antigos trapiches, ruínas de engenhos e construções em pedra e cal ainda podem ser encontrados em áreas ribeirinhas, testemunhando a importância econômica e social da baía no período colonial e imperial.

A Baía de Cumã não é apenas um lugar de história oficial; é também terra fértil para as lendas. Pescadores e moradores antigos contam histórias de embarcações fantasmas que surgem nas madrugadas, de uma serpente gigante que habitaria as profundezas da baía e de tesouros escondidos deixados por antigos corsários e senhores de engenho.

Uma das narrativas mais conhecidas é a da "Coroaganga", a tocha de fogo, segundo dizem, aparece em noites sobre as águas da baía amedrontando os pescadores, assim como o submarino de Hitler que escondeu-se nas profundezas da famosa baía.

Além do valor histórico e mítico, a Baía de Cumã é um santuário ecológico. Seus manguezais, igarapés e ilhas abrigam rica biodiversidade, com espécies de peixes, crustáceos e aves migratórias. Comunidades tradicionais vivem da pesca artesanal e do extrativismo sustentável do caranguejo-uçá e do camarão, práticas transmitidas de geração em geração.

Festividades religiosas e culturais também resistem ao tempo, como a tradicional procissão do Festejo de São José, realizada anualmente em Guimarães, mantendo viva a fé e os costumes herdados dos antepassados.

Nos últimos anos, iniciativas de pesquisadores e organizações culturais buscam registrar e valorizar as histórias e tradições de Cumã, propondo a criação de roteiros de turismo ecológico e de memória. A proposta é que o Maranhão e o Brasil conheçam mais sobre esse pedaço de território onde natureza, cultura e mistério convivem em harmonia.

Se você ainda não conhece a Baía de Cumã, coloque esse nome no seu mapa afetivo. Porque algumas histórias só se entendem quando se sentem de perto, com o cheiro do sal, o canto dos pássaros e o eco das velhas lendas.

 
 
 

Comments


Destaque
Tags
bottom of page