RODA DE CONVERSA EM MAÇARICÓ COM HISTÓRIA E LITERATURA
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Atualizado: há 1 dia




Na tarde desta terça-feira, 12 de novembro, o Distrito de Maçaricó viveu um daqueles momentos que ficam guardados na memória coletiva. A comunidade recebeu uma roda de conversa especial que reuniu nomes importantes da cultura maranhense e nacional, fortalecendo ainda mais o elo histórico do lugar com a escritora Maria Firmina dos Reis.
Participaram do encontro membros do Instituto Histórico e Geográfico de Guimarães (IHGG), da Academia Vimarense de Letras, Artes e Ciências, do Presidente da Academia de Letras de Barreirinhas José de Ribamar Castro Ramos, do escritor Rafael Santos, além de duas presenças ilustres: o jornalista e escritor Tom Farias, biógrafo de grandes nomes da literatura brasileira, e o professor pesquisador Charles Martin, estudioso da obra firminiana.
O público também foi protagonista. Estiveram presentes alunos e professores da UEB Maria Firmina dos Reis, além de moradores do próprio distrito — herdeiros diretos da história viva deixada pela escritora.
A tarde começou com a participação do jovem escritor Rafael Santos, que apresentou seu recém-lançado livro “Maria Firmina e a Ameaça Subterrânea”. A obra, que combina literatura juvenil e elementos da vida da autora, encantou o público e despertou a curiosidade dos estudantes.
Em seguida, o presidente da Academia, Agenor Gomes, destacou a profunda ligação de Maria Firmina com Maçaricó. Foi ali, no pequeno distrito, que a escritora fundou a primeira escola mista do Maranhão, um gesto revolucionário e ousado para o século XIX — e que confirma seu compromisso com a educação, a inclusão e a liberdade.
O professor Charles Martin e o jornalista Tom Farias enriqueceram a conversa com reflexões sobre a importância de Maria Firmina como mulher negra, educadora e intelectual. Ambos destacaram sua coragem em desafiar a estrutura escravocrata da época e em construir uma obra que permanece atual, inspiradora e fundamental.
Um dos momentos mais emocionantes ocorreu quando os alunos da UEB Maria Firmina dos Reis abriram espaço para perguntas aos convidados. Interessados, curiosos e atentos, fizeram questionamentos sobre a vida da romancista, seu legado e sua importância para a literatura brasileira.
A tarde encerrou com chave de ouro: os estudantes declamaram poesias autorais criadas em sala de aula, arrancando aplausos e demonstrando que o espírito poético e libertário de Maria Firmina segue vivo em Maçaricó.
A roda de conversa foi mais que um evento: foi um reencontro de Maçaricó com sua própria história. Em cada fala, pergunta e poema, ficou evidente que Maria Firmina dos Reis não é apenas uma personalidade literária — é parte viva da identidade do distrito e do Maranhão.
Um dia para celebrar, aprender e, acima de tudo, lembrar que as sementes de conhecimento plantadas por Firmina continuam germinando.










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