UMA NOITE HISTÓRICA EM GUIMARÃES: ENCERRAMENTO DAS CELEBRAÇÕES DOS 200 ANOS DE MARIA FIRMINA DOS REIS
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Na noite de terça-feira, 11 de novembro, o Instituto Histórico e Geográfico de Guimarães (IHGG) e a Academia Vimaranense de Letras, Artes e Ciências realizaram uma sessão solene carregada de simbolismo e emoção. A data marcou os 108 anos do falecimento de Maria Firmina dos Reis, a primeira romancista brasileira, e encerrou oficialmente as comemorações pelos 200 anos de seu nascimento — uma jornada de homenagens com diversas atividades culturais.
O evento, realizado no Auditório Professora Antonina Silva, reuniu membros das duas instituições, autoridades municipais, professores, pais, alunos das escolas Damásio: UEB Manoel Martins e da Escola Rosalino Martins, além de representantes da comunidade, que lotaram o salão para celebrar o legado da escritora maranhense.
Um dos momentos mais marcantes da noite foi a entrega da Medalha de Honra ao Mérito Maria Firmina dos Reis, concedida a personalidades que se destacaram na difusão da literatura e da cultura firminiana. Foram homenageados: Tom Farias, escritor e jornalista da Folha de S. Paulo; Charles Martin, escritor e professor doutor da Universidade de Nova Iorque (EUA), estudioso da literatura afro-brasileira; Cláudia Cristina Rodrigues da Silva, professora e membro do IHGG e da Academia Vimaranense; Isnândia Cartagenes Ramos Brito, professora, também integrante das duas instituições culturais.
A programação contou ainda com a apresentação de um jogral interpretado por alunos das escolas Damásio e Manoel Martins — um tributo poético à escritora — e o lançamento do documentário “Guimarães, esta terra a que liguei o meu coração”, dirigido por Heverton Sousa, que retrata a relação afetiva e cultural de Maria Firmina com sua cidade e o lançamento do livro “Maria Firmina dos Reis e a Ameaça Subterrânea”, do escritor Rafael Santos Ribeiro, obra inspirada no universo literário das lendas de São Luís.
Outro destaque da noite foi o resultado do Concurso de Redação promovido pelo IHGG e pela Academia entre os alunos do 6º ano ao Ensino Médio do Polo Educacional de Damásio, com o tema “A história da menina escravizada Rachima”. O concurso revelou jovens talentos da escrita. Os vencedores receberam certificados e premiação em dinheiro.
Encerrando a noite, o som dos tambores tomou conta da Praça Luís Domingues: um Tambor de Crioula ecoou diante do prédio do Instituto, reafirmando as raízes afro-maranhenses que moldaram a vida e a obra da homenageada.
Entre a emoção e o orgulho, a sessão solene não foi apenas um encerramento de celebrações, mas uma reafirmação de compromisso com a memória de Maria Firmina dos Reis — mulher negra, escritora, educadora e símbolo de resistência e liberdade. Guimarães mais uma vez mostrou que a história pulsa, vive e dança. E Maria Firmina continua presente, inspirando gerações a escreverem, ensinarem e acreditarem no poder da palavra.








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