UMA TRADIÇÃO QUE CRUZOU SÉCULOS
- Blog Vimarense

- 1 de abr.
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1º de abril — Conhecido mundialmente como o Dia da Mentira, a data em que pregar peças e contar falsidades se transforma em uma brincadeira lúdica tem raízes históricas nebulosas, mas com teorias que remontam a mudanças culturais e políticas na Europa
As Possíveis Origens
Uma das hipóteses mais difundidas liga o 1º de abril à transição do calendário juliano para o gregoriano, no século XVI. Na França, o rei Carlos IX determinou, em 1564, que o Ano Novo, antes celebrado em fim de março ou 1º de abril, passaria a ser comemorado em 1º de janeiro, conforme o novo calendário.
Aqueles que resistiram à mudança ou não foram informados continuaram festejando na data antiga e viraram alvo de gozação. Eram chamados de "bobos de abril" e recebiam convites falsos ou presentes inexistentes. A brincadeira se espalhou pela Europa, ganhando versões como o "April Fools’ Day" (Dia dos Tolos, em inglês).
Outras teorias sugerem que a data tenha ligação com festivais antigos, como o Hilaria, da Roma Antiga, ou o Festival do Equinócio, que celebrava o fim do inverno com brincadeiras e disfarces.
A Tradição no Mundo
Cada país adaptou o Dia da Mentira à sua cultura:
França e Itália: O costume de colar um peixe de papel nas costas de alguém (poisson d’avril / pesce d’aprile) simboliza uma pessoa facilmente enganada.
Reino Unido e EUA: Jornais e programas de TV já publicaram notícias falsas cômicas, como a suposta "colheita de espaguete em árvores" da BBC, em 1957.
Brasil: A data chegou com os portugueses e se popularizou com pegadinhas midiáticas e entre amigos.
Verdade ou Mentira?
A ironia do 1º de abril é que, em um mundo cada vez mais atento às fake news, a data lembra que o humor e a descontração podem coexistir — desde que ninguém saia prejudicado. Afinal, como diz o velho ditado: "No Dia da Mentira, o maior louco é quem acredita."
Fontes: Historiadores culturais, registros do século XVI, tradições folclóricas europeias.










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