GUIMARÃES SE DESPEDE DE CONCITA GONÇALVES

Concita, mulher de fé e missão: seu sorriso sereno e olhar acolhedor refletiam a dedicação de uma vida inteira ao cuidado com o próximo. Uma presença que deixa saudade e um legado que permanece. Nasceu em 20/05/1958 e faleceu em 19/07/2025

Faleceu no sábado, dia 19 de julho, e foi sepultada na tarde do dia 20, no Cemitério Santo Sacramento de Guimarães, a senhora Conceição de Maria Pereira Gonçalves, carinhosamente conhecida por todos como Concita. Seu nome pode até ser registrado nos documentos com formalidade, mas foi como "Concita" que ela entrou nos corações dos vimarenses – com afeto, dedicação e presença constante nas causas que realmente importavam.

Moradora do Bairro Primavera, Concita foi, por quase três décadas, uma Agente Comunitária de Saúde – profissão que, para ela, sempre foi mais vocação do que obrigação. Com zelo, responsabilidade e uma generosidade que saltava aos olhos, ela percorreu casas, ouviu famílias, orientou mães, cuidou de crianças e acompanhou os idosos com o cuidado de quem trata cada vida como um bem sagrado.

Mas seu compromisso com o bem comum não se limitou à saúde. Cristã fervorosa, Concita dedicou-se com entusiasmo à Pastoral da Criança, onde chegou a ser coordenadora por vários anos. Sua atuação firme e carinhosa ajudou a salvar muitas vidas e a devolver esperança a famílias inteiras. Era impossível pensar nas ações da igreja e dos movimentos sociais em Guimarães sem lembrar da figura sempre presente de Concita.

Ela também fez parte do Grupo dos Leigos Missionários da Família Chevalier, levando a fé para além dos muros da igreja, e era voz ativa em diversas frentes sociais. Participou com firmeza e sensibilidade dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, assim como do Conselho Municipal de Segurança Alimentar – sempre pautando sua atuação pelo compromisso com a justiça e a dignidade humana.

Concita parte deixando um vazio imenso, mas também um legado que não se apaga. Sua trajetória é daquelas que nos fazem acreditar na força do amor concreto, daquele que se manifesta no cuidado cotidiano, na escuta atenta, na luta por direitos e na vivência da fé que se traduz em ação.

À sua família, amigos, colegas de caminhada e toda a comunidade de Guimarães, fica o consolo da memória bonita que ela deixa. E a certeza de que vidas como a de Concita não se encerram com a morte – elas se multiplicam, silenciosamente, em cada gesto de bem que inspiraram.

Que descanse em paz, Concita, mulher de fé, coragem e luz. Guimarães te agradece.