VERSO E PROSA: MEU MAIOR PRESENTE
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Por Lúcia Martins
Há datas que nascem marcadas pela eternidade. O meu aniversário sempre foi um dia especial, mas, naquele ano, ele ganhou outro sentido, outro brilho, outra dimensão. Eu havia feito um pedido a Deus — simples e profundo: que minha filha viesse ao mundo justamente no dia do meu aniversário. Era o meu sonho secreto, minha prece mais íntima.
Rezei, esperei e confiei. E, quando a vida se abriu em luz, Ele me atendeu. No exato dia em que completei mais um ano, ouvi pela primeira vez o choro da minha menina. Foi como se o céu inteiro se abrisse dentro do meu peito. Eu, que recebi tantos parabéns, recebi de Deus o presente mais lindo: uma vida nascendo dentro da minha vida.
Não houve vela de aniversário que brilhasse mais do que o olhar dela, nem bolo que fosse mais doce que o primeiro suspiro de quem chegava. Naquele instante, entendi que os milagres não precisam de explicação. Eles simplesmente acontecem — quando a fé insiste e o coração acredita.
Desde então, meu aniversário nunca mais foi só meu. É dela também. Somos duas vidas celebradas no mesmo dia, dois destinos entrelaçados por uma oração atendida.
E, toda vez que olho para minha filha, lembro-me de que há pedidos que chegam ao céu como um sussurro e voltam como eternidade. Porque o maior presente que recebi não veio embrulhado em papel colorido — veio nos braços, no colo e no coração.
18 de setembro é o dia em que celebro a vida duas vezes.
Rezei, pedi a Deus com toda a minha fé — e Ele me atendeu.
O choro doce da minha menina, Lorenna, marcou para sempre a minha história.
Desde então, nunca mais soprei vela sozinha, pois compartilho a mesma data com o meu amor, que transformou a minha vida.








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